Este artículo analiza, desde una perspectiva cualitativa, las experiencias de discriminación de género que viven los adolescentes en entornos digitales en Argentina. En 2023 se realizaron 18 grupos de discusión en los que participaron 406 estudiantes de nivel secundario entre 12 y 19 años de escuelas públicas, privadas, urbanas y rurales de la ciudad de Junín, provincia de Buenos Aires. Allí se debatieron situaciones como descalificar digitalmente la opinión de alguien por ser mujer o feminista, denigrar a una persona por su orientación sexual o identidad de género, y humillarla en línea por el ejercicio de su sexualidad. Los resultados muestran que las jóvenes sufren mayor silenciamiento en temas como política o deportes, con insultos como feminazi, mientras que ellos reportan menos discriminación. Aunque más aceptada, la homosexualidad femenina se sexualiza, y los hombres enfrentan burlas homofóbicas. Ellas son además juzgadas por sus prácticas sexuales, mientras que los varones son celebrados. Pese a los cambios generacionales observados, como una mayor aceptación de la diversidad y la influencia del feminismo en los discursos adolescentes, los estereotipos persisten, amplificados por la interacción entre lo virtual y lo presencial. Como conclusión, se enfatiza el rol fundamental de los espacios educativos para desafiar estas dinámicas mediante programas integrales de educación sexual que promuevan la equidad de género y combatan la violencia digital en Argentina.
This article analyzes adolescents’ experiences of gender discrimination in digital environments in Argentina from a qualitative perspective. In 2023, eighteen discussion groups were conducted with 406 students aged 12 to 19 from public and private schools in urban and rural areas of the city of Junín, Buenos Aires province. The discussions focused on situations such as the digital rejection of a person’s opinion because they are a woman and/or a feminist, the denigration of a person because of their sexual orientation or gender identity, and the humiliation of a person on the Internet for practicing their sexuality. The results show that young women are silenced more on topics such as politics or sport, with insults such as feminazi, while young men report less discrimination. Although female homosexuality is more accepted, it is sexualized, and the men face homophobic insults. In addition, females are condemned for their sexual practices, while males are celebrated. A generational shift can be observed, such as a greater acceptance of diversity and the influence of feminism on the discourse among adolescents, but stereotypes persist and are reinforced by the interaction between the virtual and physical worlds. In conclusion, the fundamental role of educational spaces in combating these dynamics is emphasized, through comprehensive sex education programs that promote equal relationships
Este artigo analisa as experiências de discriminação de gênero em ambientes digitais entre adolescentes na Argentina, a partir de uma perspetiva qualitativa. Em 2023, foram realizados 18 grupos de discussão com a participação de 406 estudantes de ensino médio entre 12 e 19 anos, de escolas públicas, privadas, urbanas e rurais da cidade de Junín, na província de Buenos Aires. Nessas discussões, foram debatidas situações como desqualificar digitalmente a opinião de alguém por ser mulher e/ou feminista, denegrir uma pessoa por sua orientação sexual ou identidade de gênero e humilhá-la online pelo exercício de sua sexualidade. Os resultados mostram que as jovens sofrem maior silenciamento em temas como política ou esporte, com insultos como feminazi, enquanto os homens relatam menos discriminação. A homossexualidade feminina é mais aceita, mas é sexualizada e os rapazes enfrentam zombarias homofóbicas. Além disso, elas são julgadas por suas práticas sexuais, enquanto os homens são celebrados. Embora sejam observadas mudanças geracionais, como uma maior aceitação da diversidade e a influência do feminismo nos discursos adolescentes, os estereótipos persistem, amplificados pela interação entre o virtual e o presencial. Como conclusão, enfatiza-se o papel fundamental dos espaços educativos para desafiar essas dinâmicas, por meio de programas integrais de educação sexual que promovam a equidade de gênero e combatam a violência digital na Argentina.